Segundo os autores, a ética pode ser vista de duas formas, uma das é quando se refere aos princípios de condutas das pessoas, que dar-se o nome de ética pessoal, e a outra é quando há normas que orienta a conduta dos profissionais que é chamada de ética profissional.
Junto a ética tem se a moral que varia a cada cultura e muda com o tempo. Em relação a moral e os diversos ramos da sociedade, tem a moral da integridade que é a oficial e convencional, e a moral oportunista que é a moral programática e dissimulada, geralmente encontrada nas empresas, por causa do ambiente competitivo, para obter poder e o lucro no ramo social. Sendo que isso não deveria ocorrer, pois a ética deve ser clara em cada ação ou procedimento profissional.
Os autores nos mostram também a forma de ver como uma empresa está sendo administrada, que é através da governança corporativa que tem como finalidade de melhorar o desempenho de uma empresa e proteger os interesses dos investidores, empregados e credores. A governança corporativa está representada por algumas iniciativas como o código das melhores práticas, editado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
A ética na contabilidade é de extrema importância, pois de todas as profissões a do contabilista é a que mas está sujeita a participar de esquemas ilegais, já que a mesma lidar com resultados, registro de valores, impostos a pagar, taxas entre outros. Por isso deve-se seguir o código de ética, que tem como objetivo orientar, amparar e proteger os usuários de seus serviços. Caso o contabilista não leve em consideração o código de ética, desvaloriza a imagem e o prestígio profissional em sua totalidade.
Como o profissional contábil possui uma ampla área de atuação na sociedade, o desempenho do mesmo exige habilidade, conhecimento e principalmente estabelecer como base o comprometimento do código de ética profissional, independentemente da área que atue, seja ela no campo público ou privado. Quando constitui uma equipe de profissionais, no exercício de suas atividades é importante que o líder do grupo assuma e represente um papel de boa influência, exemplo a ser seguido, o fator decisivo do grupo é de responsabilidade da liderança.
Os autores afirmam que para que haja boa atuação do contador, o mesmo deve estar em dia com suas obrigações, pois será passível de fiscalização e principalmente com o desenvolvimento das atividades que a profissão exige, ele deve ser habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Entretanto em algumas situações a falta de ética dos interessados em benefícios próprios, acaba colocando em risco o emprego do profissional, caso sua postura e decisão não for de interesse comum.
Como várias áreas de atuação do contabilista, cita-se a auditoria que por sinal não é bem vista, pois os gestores a veem como sendo fiscalizados de forma policial, e não percebe que é um processo valorizado no qual funciona como uma consultoria interna. Com o crescimento dos programas que não cometem erros a auditoria tem sido dispensada, reduzindo custos nas empresas, sendo que o importante no desenvolvimento profissional não é o operacional nem o prático e sim a teoria, os conhecimentos e estratégias. Assim como nas outras áreas do contabilista, na auditoria o sigilo é fundamental.
A perícia contábil constitui-se o conjunto de procedimentos técnicos e científicos para emissão de uma lauda pericial ou parecer pericial sobre a posição patrimonial, financeira de uma instituição e até mesmo para fins judiciais. Podendo ser preparado somente por contador registrado no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em que deve dispor de conhecimentos atualizados específicos do objeto, aliados a outros conhecimentos e de consciência ética para exame na matéria periciada.
A suma responsabilidade do perito como profissional impedir e denunciar qualquer irregularidade existente, isentando-se de sofrer suborno diante de um fato, pessoa ou situação.
Ao tratar de legislação os autores nos mostra que o código de ética é pequeno e de fácil entendimento pois o mesmo está dividido em apenas cinco capítulos e quatorze artigos. O código tem como objetivo, conduzir, ensinar deveres e proibições, valores dos serviços e as penalidades caso não cumpra as regras do código.
Tendo em vista que a regulamentação da lei está incompleta, segundo os autores, há muitas regras que precisam ser esclarecidas.
Referência Bibliográfica
SILVA, Solange M., et al. A ética e o profissional de contabilidade no novo milênio In: XXXIX Asamblea Anual Del Consejo Latinoamericano de Escuelas de Administración (CLADEA), 2004, Puerto Plata. CLADEA. , 2004.
